Hanseníase
Hanseníase

A hanseníase é uma doença contagiosa e crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que apresenta afinidade tanto pelas células da pele quanto pelos nervos periféricos. Essa característica faz com que a doença possa provocar alterações sensoriais e motoras, além de lesões cutâneas, e, se não for identificada e tratada precocemente, pode deixar sequelas permanentes, como deformidades nas mãos, pés e face. Apesar de seu potencial de contágio, é importante ressaltar que os pacientes podem conviver normalmente com familiares, colegas de trabalho e amigos sem risco de transmissão, desde que recebam o tratamento adequado. A hanseníase possui cura comprovada, e quando diagnosticada a tempo, o tratamento é eficaz, prevenindo complicações e sequências da doença.
A transmissão da hanseníase ocorre principalmente por vias respiratórias, por meio de gotículas eliminadas pela tosse, espirro ou secreções nasais de pessoas com a forma multibacilar da doença que ainda não estão em tratamento.
O contágio também pode ocorrer através de contato íntimo e prolongado com pessoas infectadas. O período entre a exposição à bactéria e o surgimento dos primeiros sinais e sintomas, conhecido como período de incubação, é relativamente longo e pode variar de 2 a 10 anos, o que muitas vezes dificulta a detecção precoce da doença.
Um ponto fundamental é que, logo após o início do tratamento, o paciente deixa de ser transmissor da doença, tornando o convívio social e profissional completamente seguro. Isso reforça a importância do diagnóstico precoce e do acesso rápido ao tratamento, pois quanto antes a hanseníase for identificada e tratada, menores são os riscos de complicações e sequelas permanentes. Além disso, o acompanhamento médico contínuo permite controlar a doença, monitorar a evolução do paciente e evitar novas transmissões dentro de grupos familiares e comunitários.
Sinais e sintomas
Os principais sinais e sintomas da hanseníase incluem:
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, geralmente associadas à perda ou alteração de sensibilidade.
Pele seca, com ausência de suor e queda de pelos, principalmente nas sobrancelhas.
Sensações de formigamento (parestesias) ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato, aumentando o risco de queimaduras e ferimentos sem percepção.
Dor ou sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas, acompanhadas de inchaço de mãos e pés.
Diminuição da força muscular nas mãos, pés e face, devido à inflamação dos nervos, que podem ficar engrossados e doloridos.
Úlceras em pernas e pés.
Nódulos avermelhados e dolorosos em algumas áreas do corpo.
Febre, inchaço e dor nas articulações.
Entupimento nasal, sangramento, feridas e ressecamento do nariz.
Ressecamento ocular.
Mal-estar geral e emagrecimento.
Os locais mais comuns para o surgimento das manchas são mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas, mas em alguns casos a doença pode ocorrer sem manchas visíveis.
Prevenção
Não existe uma forma específica de prevenção, mas algumas medidas ajudam a evitar formas mais graves e incapacidades:
Diagnóstico precoce da doença
Exame dos contatos intradomiciliares (pessoas que residem ou residiram com o paciente nos últimos cinco anos)
Aplicação da vacina BCG, conforme recomendação médica
Uso de técnicas de prevenção de incapacidades
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